A escolha da cultivar é uma das decisões mais estratégicas para o sucesso da lavoura de soja. Muito além de simplesmente optar por um material disponível no mercado, a decisão envolve compreender fatores fisiológicos, arquitetônicos e adaptativos da planta que vão definir a produtividade.
Esse é o tema central da Terceira Temporada da série A Guerra da Soja– A Batalha pelo Potencial, já disponível na FarmFlix.
Por que a escolha da cultivar é tão importante?
Estudos mostram que mais de 40% dos ganhos de produtividade da soja nos últimos 15 anos vieram da genética. Isso significa que o manejo é fundamental, mas ele só é realmente eficiente quando a cultivar escolhida tem o potencial e as características adequadas para cada ambiente.
A cultivar errada pode reduzir o aproveitamento da radiação, aumentar riscos de acamamento, expor a lavoura a doenças ou mesmo reduzir a estabilidade produtiva.
Índice de Área Foliar (IAF)
O IAF representa a quantidade de folhas capazes de captar luz solar e transformá-la em energia para a produção de grãos.
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IAF baixo → intercepta pouca radiação → menor fotossíntese.
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IAF equilibrado → maior eficiência no enchimento de grãos.
Ou seja, o IAF é como um “painel solar vivo”: quanto mais bem distribuído, maior o potencial de produtividade.
Arranjo de Plantas
A densidade e o espaçamento entre plantas definem:
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Capacidade de interceptar luz.
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Aeração do dossel, reduzindo pressão de doenças.
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Competição por água e nutrientes.
Um arranjo mal planejado pode significar perdas diretas de produtividade, mesmo em lavouras com genética de ponta.
Grupo de Maturidade Relativa (GMR) e Ciclo
O GMR e a duração do ciclo da cultivar definem como a planta aproveita radiação e recursos ambientais.
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Ciclos curtos → colheita antecipada, mas menor tempo de produção.
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Ciclos longos → mais área foliar e potencial, mas risco maior de acamamento ou estresses climáticos.
Saber posicionar o ciclo correto é essencial para cada região e sistema de cultivo.
Hábito de Crescimento
As cultivares podem ser:
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Determinadas → florescem em um período curto, geralmente mais sensíveis a estresses.
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Indeterminadas → florescem por mais tempo, garantindo maior estabilidade e flexibilidade produtiva.
Esse detalhe influencia diretamente como a planta distribui seus recursos para formar vagens e grãos.
Componentes de Produtividade
A produtividade final da soja é formada pela interação de diversos componentes:
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Número de nós por planta.
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Número de vagens por metro quadrado.
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Número de grãos por vagem.
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Peso médio dos grãos.
Nenhum desses fatores isoladamente garante alto rendimento: o segredo está no equilíbrio entre eles.
O que você vai aprender na Temporada III de Soy Wars
Na Terceira Temporada – A Escolha da Genética, o especialista Alencar Zanon mostra, de forma prática e técnica, como escolher a cultivar ideal para cada ambiente.
Você vai aprender:
Por que a escolha da cultivar é decisiva.
O papel do Índice de Área Foliar na produtividade.
Como definir o arranjo de plantas ideal.
O impacto do GMR no ciclo da soja.
Diferenças entre hábito de crescimento determinado e indeterminado.
Como os componentes de produtividade interagem no rendimento final.
Conclusão
Escolher a cultivar de soja correta não é apenas uma questão de genética, mas de estratégia ecofisiológica. Entender IAF, GMR, hábito de crescimento e arranjo de plantas é fundamental para transformar potencial em produtividade real no campo.
Quer dominar essa decisão e colher mais sacas por hectare?
Assista agora à Terceira Temporada da série A Guerra da Soja – A Batalha pelo Potencial, já disponível na FarmFlix.